O governador Geraldo Alckmin decidiu retomar a obra da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo apesar das suspeitas de que houve acerto entre as empreiteiras na divisão dos lotes. A suspeita foi revelada em outubro do ano passado pelo jornal Folha de S. Paulo. Um vídeo e um documento com firma reconhecida em cartório anunciavam seis meses antes da conclusão da licitação os vencedores dos lotes 3 a 8 da linha Lilás.
De imediato, a Bancada do PT na Assembleia Legislativa protocolou no Ministério Público Federal e no MP Estadual representações para a investigação dos indícios de licitação combinada previamente entre empreiteiras para obras de expansão da Linha 5 do Metrô. Os valores envolvidos superam os R$ 4 bilhões. O PT também ajuizou uma Ação Popular que contestava o edital da concorrência da Linha 5, elaborado em 2008, ainda na gestão José Serra. O texto da licitação seria restritivo e estimularia o conluio entre as empresas participantes do processo.
Na ocasião, o então governador Alberto Goldman suspendeu a licitação por conta das suspeitas e investigação feita pela corregedoria do próprio governo do Estado concluiu que havia indícios de conluio.
Agora, o presidente do Metrô, Sergio Avelleda, afirma à imprensa que o vídeo e o documento não tinham força de prova judicial. Foi essa a conclusão de um processo interno feito pela companhia e de análise do Instituto de Criminalística. “Os indícios de conluio não se transformaram em provas”, afirmou Avelleda.
Obra mais cara do Metrô
O trecho que ligará a Chacara Klabin, na Vila Mariana, à Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, ambos na zona sul, será a obra mais cara do Metrô paulista – cerca de R$ 4 bilhões.
Os consórcios que farão a obras são os seguintes:
Camargo Corrêa-Andrade Gutierrez (trecho 3)
Mendes Junior (trecho 4)
Heleno Fonseca-Triunfo (trecho 5)
Carioca-Cetenco (trecho 6)
Odebrecht-OAS-Queiroz Galvão (trecho 7)
CR Almeida-Consbem (trecho 8 )
O prazo previsto para a obra é de 44 meses. Se começar no próximo mês e terminar no prazo estipulado, a linha Lilás ficará pronta em dezembro de 2014.
(com informações da Folha de S. Paulo e da bancada de oposição na Alesp)
Fui secettária do diretor de transportes, Irineu MEIRELES, da Odebrecht. Tenho coisas interessantes para falar